O raso

raso conformismo, periférico, perfeito e cheio de razões

… que se contenta com a borda e que se faz de feliz com superfície.

Diz para si mesmo “está bom aqui”… mas quer ver mudança.

O raso olha para o lado de fora, sem a mínima vontade de compreender o que acontece do lado de dentro.

Para seus questionamentos, quando isso se permite, busca resposta nas pessoas ou nas coisas,

Ou…

“coitado” do mundo, “a culpa é sua que assim me fez, da vida, das situações”.

Só é profundo em ser raso!

Não quer ver, nem ter a resposta por si mesmo,

porque o fato é que se chegar através de si
arruma desculpas para não vê-la;
– fecha os ouvidos e olhos, não se permite sentir.
Foge do que é intenso e do que é real.

Não há espaço interno, está cheio.
Cheio de suas certezas
Tornou-se o dono de todas as suas verdades.
Já sabe o que vai acontecer, tem suas fiéis convicções – é o seu próprio tarô.

O raso,

conformismo e periférico perfeito cheio de razões, não suporta pessoas profundas,
a intensidade e profundidade é sobrecarga aos seus olhos.

Assiste e desfila na passarela da vida.
Apenas existe.

Eis o mover-se!

Mergulhe, aprofunde-se, rasgue-se, quebre-se, junte-se.
Faça e desfaça, e cole-se se preciso for.

Vista-se de si mesmo!

Deixe a borda, o periférico, a superfície, vai para o centro, para dentro de si mesmo.
Olhe-se!

Se assuste, e se alegre!
Tem sombra e também tem luz.
Acolhe e colhe!

Não assista, seja parte profunda e intensa da Vida.
Intensidade nao cabe no coração dos rasos.
Não apenas exista – viva

Elaine Moreli

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