A vida dá o seu grito
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Te surpreende com um empurrão, talvez
um susto,
Um solavanco.
Te leva a um silêncio profundo.
Um possível reset.
Dá a ti uma nova página em branco.
Ela pede para ser escrita em letras maiúsculas e não apenas dita.
Antes ela rasga todos os rascunhos armazenados;
na pele,
na carne,
nos ossos,
nas vísceras,
Ela te quer inteira de fato.
Te faz sentir choques no curso do rio que percorre dos pés à cabeça.
Te faz suspirar, transpirar, algumas vezes gritar para não sufocar.
Transborda nos olhos.
Deságua no coração e na alma.
Vai eletrecutando, cortando as arestas que estavam penduradas.
Te deixa anestesiada, adormecida e te joga na “canaleta”.
Mas, ela também é sábia!
Basta ter a sensibilidade e a percepção,
Ouvir a voz da intuição.
Não há nada errado,
Há uma ORDEM maior.
Ela te abre portas ao que estava adormecido.
Te leva ao local sombrio, no inconsciente registrado.
Resgata memórias, te vira
E revira do avesso.
Se ris dói;
Se choras dói.
E quando pensas em correr és lembrada:
Por hora não há pernas que te sustente.
Ela está dizendo:
“Não há como fugir, cave um pouco mais.
Mergulhe ainda mais e reconheça a tua própria natureza”
A vida dá o seu grito
E os sentidos entendem.
Há dor, mas não lamentação.
Há limitação, mas não há perguntas.
Ela quer a confiança no eixo
A coragem no prumo
E a entrega absoluta.
A VIDA percebe quando há algo a lapidar.
Mostra para ti nos passos o andar e na certeza te quebra.
Então tira-te a bagagem, o peso e o fardo, remove tuas vestes, vai te despindo de
tudo.
Ela te quer nua.
Na beleza que se é
E fora de qualquer forma que imagina ter ou ser.
Te mostra que não és nada para acessar que já és tudo.
Ela só te quer sem o “mais” ou “porquês”
“Tem que” ou “e se”
Quando a poesia se perde
A vida dá o seu grito!
Ela não mais quer te ensinar a andar.
Te mostra que és livre!
Que tem asas, e que podes voar.
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Elaine Moreli
Coleção - meu doce outubro 2021
Revisão - Soraya Falqueiro
Yoga, poesia, reflexões.
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