RASGAR A PELE

Escrevo cruamente sobre os fantoches que vejo. As marionetes e os milhões de “Maria” que seguem às sombras.

Rasgar a pele, Fechar meus poros às análises. Preciso sair do intelecto por algumas respirações. Minhas vísceras clamam por poesia. Demasiadamente o externo me faz reanalisar conceitos sobre o comportamento humano. Efeito colateral – acidez.

Escrevo cruamente sobre os fantoches que vejo. As marionetes e os milhões de “Maria” que seguem às sombras. Reviram-me as entranhas. E do avesso me encontro, Questiono.

 

 

Rasgar a pele…
Preciso da poesia pura,
Da junção de afetos em letras
Transformando o amargo das vistas
Em abraços nas sílabas.

Preciso da poesia pura.
E a pele rasgar-se á em versos rimas e prosas.
Junção de laços,
De vidas não idas.

Poesia, salva-me!
Que o externo consome quem com olhos internos enxerga.
Dê-me de volta as sílabas e as letras das rimas, dos versos.
O abraço, quer seja ele, das palavras doces.
O toque e o susurro aos meus ouvidos.

Deixe-me a flutuar milésimos de segundo por uma realidade sonhada.
Deixe-me repousar no sentido dos seres despertos.
E então, rasga-me dessa primeira pele.

Retira-me por hoje da visão objetiva e analítica externa.
Onde apenas penso.
E assim – rouba-me de mim.

Salva-me, poesia…
Mova-me ao pulsar das veias.
Do que realmente sou, Do sentir.

Traga-me o afeto das palavras
O toque e o amor das sílabas.
Dá-me nessa história, a vida na junção das letras.
Livra-me dessa acidez causada pela observação dessa insensatez humana.

Poesia – Elaine Moreli
Ilustração mais que especial, sentida e traduzida pela maravilhosa artista – Julia Vaz

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